domingo, 15 de setembro de 2013

SAIBA COM EVITAR PROBLEMAS EM SEU CARRO





Os aditivos cumprem funções importantes. No óleo e no combustível, fazem com que as peças do motor estejam sempre limpas. Na água do radiador, evitam que ela ferva ou congele. Mas isso não significa que e devam usá-los livremente. Para tirar a dúvida, o primeiro passo é consultar o manual do proprietário. Alguns fabricantes desaconselham explicitamente o uso de aditivos - e o desrespeito a essa regra pode acarretar a perda da garantia. O motivo: quando um carro já sai de fábrica com componentes aditivados e as revisões regulares cuidam de manter essas substâncias no nível correto, qualquer uso extra pode, em vez de proteger, danificar o veículo. Há três situações em que vale recorrer aos aditivos: se o manual não os proíbe; se você é o tipo de proprietário que perde todos os prazos de revisão, ou, se o seu carro é usado e você não faz a menor ideia do comportamento do proprietário anterior. Especialistas consultados por VEJA dizem quando e como empregá-los.

ADITIVO PARA COMBUSTÍVEL (GASOLINA, ÁLCOOL, FLEX OU DIESEL)

Para que serve: evita que depósitos de sujeira resultantes do uso do combustível se acumulem no motor, o que causa perda de potência, falhas e, em casos extremos, o seu entupimento. Além disso, um motor que funciona bem polui menos.
Quando deve ser usado: 1. Se você tem um carro novo. Não é necessário. O motor dos carros nacionais e importados já vêm preparado para o uso da gasolina comum e do álcool; 2. Se você não fez as revisões - deve usar os aditivos de limpeza profunda, destinados, justamente, a carros que não passam por manutenção periódica. O uso é recomendado a cada 5 mil km; 3. Se seu carro é usado e os hábitos do proprietário  anterior são desconhecidos: deve-se usar os aditivos destinados à limpeza profunda a cada 5 mil km.
O aditivo sempre é uma boa forma de evitar problemas, mas não os soluciona. Um carro que já possui muitos depósitos de sujeira no motor, com fraco desempenho, alto consumo e falhas, deve ir para o mecânico: o aditivo, sozinho, não corrige essas falhas. E também não promove nenhuma economia de combustível nem melhora de desempenho: quem oferece aditivo prometendo que o carro ficará mais econômico ou terá mais aceleração age de má-fé.

ADITIVO PARA ÓLEO LUBRIFICANTE

Para que serve: combate o acúmulo de sujeira de óleo nas partes internas do motor. Também auxilia a lubrificação, reduzindo o atrito e aumentando a vida útil do motor.
Quando deve ser usado: 1. Se você tem um carro novo: não é necessário; 2. Se você não fez as revisões: a cada troca de óleo, respeitando-se sempre o intervalo estabelecido pelo fabricante do veículo e do óleo, que normalmente varia entre 5 mil e 10 mil km rodados; 3. Se seu carro é usado e os hábitos do proprietário anterior são desconhecidos: a cada troca de óleo, respeitando-se sempre o intervalo estabelecido pelo fabricante do veículo e do óleo, que normalmente varia entre 5 mil e 10 mil km rodados.
Uma overdose de aditivos no óleo do motor é prejudicial, pois altera as especificações do fabricante. Fuja de ofertas de frentistas para completar o nível do óleo apenas com aditivo: o principal lubrificante do motor é o óleo, e não do aditivo. Também não serve para motores nos quais a borra já tenha se acumulado em demasia. Para esses casos a saída é mesmo a oficina.

ADITIVO PARA RADIADORES

Para que serve: para evitar que a água do radiador, que é responsável por retirar o calor do motor, congele em temperaturas muito baixas ou ferva nas alturas. Esse tipo de aditivo tem ainda propriedades anticorrosivas: impede que a água enferruje as partes de metal do radiador.
Quando deve ser usado: 1. Se você tem um carro novo: no caso de aditivos mais caros e modernos, que hoje equipam praticamente todos os veículos 0 km do mercado, a troca pode ser realizada a cada dois anos; 2. Se você  não fez as revisões: normalmente uma vez por ano; 3. Se seu carro é usado e os hábitos do proprietário anterior são desconhecidos: para evitar dor de cabeça, convém usar o aditivo logo após a compra. Depois disso, recomenda-se usá-lo uma vez por ano ou a cada 10 mil km.
No caso de veículos mais rodados ou antigos, convém substituir todo o líquido de refrigeração a cada ano. Isso só deve ser feito por um mecânico profissional. É necessário esvaziar todo o sistema para depois enchê-lo novamente. Quando é preciso apenas completar o líquido do radiador, deve-se fazê-lo com aditivo, respeitando a proporção de mistura com água indicada na embalagem. Se for necessário completar o nível do radiador constantemente, deve-se procurar um mecânico. É indício de vazamento ou de mau funcionamento do sistema.

Fonte: www.veja.abril.com.br

Por Rubem Tadeu - Presidente da AFAMA
rtcastroalves@bol.com.br


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