terça-feira, 17 de outubro de 2017

Redação do Enem que desrespeitar direitos humanos pode receber nota zero



Poderá receber nota zero na redação quem defender ideias como defesa de tortura, mutilação, execução sumária e qualquer forma de "justiça com as próprias mãos"

BRASÍLIA - Entre as regras serem seguidas pelos candidatos que vão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio - Enem na elaboração da prova de redação estão o respeito aos direitos humanos. Quem defender ideias avaliadas como contrárias aos direitos humanos poderá receber nota zero na redação.
De acordo com a Cartilha do Participante - Redação do Enem 2017 -, divulgada nesta segunda-feira, 16, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - Inep, algumas ideias e ações serão sempre avaliadas como contrárias aos direitos humanos, como: defesa de tortura, mutilação, execuçao sumária e qualquer forma de "justiça com as próprias mãos", isto é, sem a intervenção de instituições sociais devidamente autorizadas.
Também ferem os direitos humanos a incitação a qualquer tipo de violência motivada por questões de raça, etnia, gênero, credo, condição física, origem geográfica ou socioeconômica e a explicitação de qualquer forma de discurso de ódio voltado contra grupos sociais específicos. Segundo o Inep, apesar de a referência aos direitos humanos ocorrer apenas em uma das cinco competências avaliadas, a menção ou a apologia a tais ideias, em qualquer parte do texto, pode anular a prova.
No ano passado, quando o tema da redação foi "caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil", foram anuladas as redações que feriram os direitos humanos porque incitaram ideias de violência ou de perseguição contra seguidores de qualquer religião, filosofia, doutrina, seita, inclusive o ateísmo ou quaisquer outras manifestações religiosas, além de ideias de cerceamento da liberdade de ter ou adotar religião ou crença e que tenham defendido a destruição de vidas, imagens, roupas e objetos ritualísticos.
De acordo com o Inep, a prova de redação do Enem sempre exigiu que o participante respeite os direitos humanos, mas, desde 2013, o edital do exame tornou obrigatório o respeito ao tema, sob pena de a redação receber nota zero.
A prova de redação, que será aplicada no dia 5 de novembro, exige que a produção de um texto em prosa, do tipo dissertativo-argumentativo, sobre um tema de ordem social, científica, cultural ou política. O candidato deve apresentar uma proposta de solução para o problema proposto, a chamada intervenção, respeitando os direitos humanos. Também deve ser apresentada uma referência textual sobre o tema.

Fonte: Agencia Brasil / redação@diariodoam.com.br
http://diariodoamazonas.com.br/cidades/amazonas/educacao/redacao-do-enem-que-desrespeitar-direitos-humanos-pode-receber-nota-zero/

Por Rubem Tadeu - Presidente da AFAMA

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Base Nacional Comum Curricular prevê integração entre conteúdo, formação docente, material didático e avaliações


SÃO PAULO -  Quando um aluno deve saber calcular porcentagem ou a partir de que momento a criança deve ser capaz de escrever uma carta simples? É para indicar com precisão as competências que todos estudantes têm o direito de desenvolver a cada ano de escolaridade - da educação infantil ao ensino médio - que foi criada a Base Nacional Comum Curricular - BNCC.
Das nações que hoje são referências de qualidade na educação, todas passaram por revisões curriculares e o documento brasileiro é fruto de um processo que começou em 2014 e teve a participação de governos, professores e especialistas. "A Base representa uma avanço consistente, de política de Estado e que deve ser assegurado", afirma Ghisleine Trigo Silveira, coordenadora da versão 3 da BNCC.
A educadora explica que a BNCC é uma referência nacional obrigatória, mas não se pode confundi-la com o currículo. "O papel da Base será justamente o de orientar a revisão e a elaboração dos currículos nos Estados e nos municípios. Os sistemas podem interagir para que temáticas seja ampliadas ou especificadas para atender questões regionais, desde que as competências sejam desenvolvidas".
Em miúdos, a BNCC dá o rumo e indica aonde se quer chegar. Mas são os currículos que vão definir os caminhos. Independentemente da estratégia curricular, o importante é garantir que um estudante matriculado no segundo ano do fundamental em uma escola pública do interior do Acre, por exemplo, tenha o direito de desenvolver as mesmas competências e habilidades que uma criança da mesma série que frequenta um colégio particular em Curitiba.

PROTAGONISMO DO ALUNO

Para que a BNCC consiga ser traduzida em melhoria do aprendizado e mais equidade, no entanto, é preciso envolver todo o sistema: preparar os docentes na formação inicial e na formação continuada a partir desse novo parâmetro, garantir que os materiais didáticos - de livros a aulas digitais estejam alinhados e, por fim, ajustar as avaliações nacionais para que fiquem coerentes com as novas diretrizes.
"São ações que têm de acontecer de forma concomitante. Será um esforço, mas já está mais que na hora de fazermos isso em prol dos alunos", afirma Claudia Costin, professora visitante de Harvard e ex-diretora de Educação do Banco Mundial. "O livro didático precisa dialogar com o currículo, professores têm de saber aplicar o conteúdo e as escolas precisam ter infraestrutura para garantir que o processo aconteça".
Tudo isso sem perder de vista o protagonismo do aluno e sua formação crítica para cidadania, um princípio manifesto linha a linha nas competências descritas para cada uma das disciplinas, mesmo naquelas em que isso parece mais improvável.
"Até recentemente, em matemática, o foco no ensino médio era ensinar fórmulas para quem vai fazer vestibular", afirma João Bosco Pitombeira, um dos redatores de Matemática da BNCC. "A Base tirou o foco disso e considera, por exemplo, que saber ler e interpretar uma informação estatística e chegar a conclusões sobre ela é vital para a construção da cidadania".
Em História, o desafio é instigar um raciocínio que não seja dual: "entre a bruxa e a princesa há uma série de variáveis e o professor tem de trabalhar com todas elas", exemplifica Janice Theodoro da Silva, do departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. "O objetivo é desenvolver a inteligência desse sujeito. É um longo caminho. Mas a educação é um longo caminho".

Fonte: www.folha.com.br

Por Rubem Tadeu - Presidente da AFAMA
rtcastroalves@bol.com.br

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Bolsas ajudam quem quer voltar a estudar depois de adulto


Renata retomou os estudos depois de ganhar a bolsa do Educa Mais Brasil (Foto: Arquivo pessoal)
A alternativa para quem quer concluir os estudos, a modalidade de ensino Educação para Jovens Adultos - EJA tem hoje mais de 3,4 milhões de alunos no país. São estudantes que, por diferentes motivos, tiveram de abandonar a sala de aula e agora retornam em busca de melhores oportunidade e colocação no mercado de trabalho.
Não há idade limite para voltar a estudar. Exemplo disso é a história da Renata Santos, 38 anos, que no ano passado retornou à rotina com livros e cadernos. Agora em agosto, ela se forma no Ensino Médio e já tem planos de cursar a faculdade de Enfermagem.
O caminho até voltar à escola foi longo. Aos 25 anos, Renata ainda cursava a 8ª série do Ensino Fundamental. como não tinha mais a idade padrão para a série que frequentava, assistia às aulas em uma turma separada. Trabalhava fazendo faxinas e não conseguia conciliar as duas atividades.
Precisou priorizar o emprego e abandonou os estudos. Apesar disso, Renata sempre manteve o sonho de voltar para o mundo dos livros e do conhecimento. Até que ficou sabendo das bolsas do Educa Mais Brasil para a modalidade EJA. "Queria voltar, mas não conseguia porque precisava de algum dinheiro para pagar os estudos. Até que fiquei sabendo da bolsa do Educa Mais Brasil. Foi fundamental para eu acabar o Ensino Médio. Se não tivesse a bolsa não conseguiria voltar para a sala de aula", conta Renata.
Hoje, Renata estuda no Colégio Delta, em Aracaju-Sergipe, instituição privada onde há aproximadamente 150 alunos na modalidade EJA. A história dela é bem parecida com a de outros estudantes brasileiros, diz a coordenadora do Ensino Médio e EJA, Adriana Prado Silva. "Infelizmente, a maior causa do abandono escolar é financeira. Muitos alunos têm que escolher entre trabalhar ou estudar.

DO DESEMPREGO À CONTRATAÇÃO

A operadora de caixa Karoline Gadelha, 24 anos, tem uma história inspiradora para quem acredita no poder da educação. Natural do Amazonas, ela havia abandonado o segundo ano do Ensino Médio em 2014. Depois, mudou-se para Curitiba, conheceu o marido e ficou grávida. A volta à sala de aula, em meados de 2016, foi decisiva para entrar no mercado de trabalho. "Percebi que, em cidade grande, eu era muito cobrada para ter estudos. Procurava emprego e recebia não por não ter o Ensino Médio", lembra karoline.
Foi então que conheceu o programa Educa Mais Brasil, por meio de um funcionário do marido. Contemplada com a bolsa, karoline lembra de todos apoio que recebeu para cursar o EJA e terminar os estudos. "Na própria escola, me ajudaram bastante. Minha filha tinha recém nascido, eu precisava levar ela para a sala e as pessoas ajudavam a cuidar enquanto eu assistia às aulas".
Em abril deste ano, karoline já se preparava para terminar os estudos quando começou a procurar emprego. No mesmo dia em que recebeu seu certificado de conclusão, mudou o currículo para "Ensino Médio completo". Dos 10 primeiros currículos que enviou, foi chamada para entrevistas em oito. Hoje, trabalha como operadora de caixa em uma loja de construção, e tem o sonho de cursar a faculdade de Ciências Contábeis.

RETORNO À SALA DE AULA TRAZ ESPERANÇA

Quando Rafael Santos, 26 anos, abandonou a escola aos 16 anos, no sexto ano, imaginou que jamais voltaria a estudar. O diploma do Ensino Médio, então, era um sonho distante. Apesar disso, há dois anos ele percebeu que teria condições financeiras de voltar a estudar na modalidade EJA e se encheu de esperanças. A bolsa de 50% oferecida pelo Educa Mais Brasil foi determinante para retomar os estudos. "Quando vi que poderia rolar, essa chama reacendeu e foi muito bom", contou ele.
Morador de Itarantim, na Bahia, ele recorda que seu reencontro com a vida escolar superou todas as expectativas, pois encontrou uma escola diferente e transformadora. "Eu nunca pensei em voltar, quando isso aconteceu vi que as coisas tinham se renovado. Fiquei tão feliz e foi tão bom que pagava até antes mesmo de vencer", relata.
Rafael trabalha em uma empresa de contabilidade e comemora já ter completado o Ensino Fundamental. Falta pouco para ele realizar o sonho de ter o diploma do Ensino Médio. "Em dois anos vou estar formado. Com isso, vou poder me inscrever em concursos públicos, fazer cursos técnicos e crescer profissionalmente", comemora.

TRANSFORMAÇÃO DE VIDA

A busca por melhores vagas e colocação no mercado de trabalho é o principal motivo que leva os alunos de volta às salas de aula. Mas não é só isso. Existe também a autoestima do aluno, de perceber que outros estão finalizando e ele vai ficando para trás. O próprio aluno decide que precisa retornar os estudos para se sentir melhor", diz Adriana.
Renata concorda. "Estou muito feliz porque vou ter uma transformação de vida. Ficava com vergonha porque não tinha o Ensino Médio. Agora já consigo acompanhar os estudos dos meus filhos, que são adolescentes", comemora.

A Educação de Jovens e Adultos - EJA é uma modalidade de ensino voltada para jovens e adultos que não terminaram os estudos ou que não tiveram acesso ao Ensino Fundamental ou Ensino Médio na idade apropriada. Para se inscrever, é preciso ter no mínimo 15 anos - no caso do Ensino Fundamental - ou 18 anos (no caso do Ensino Médio).

COMO FUNCIONAM AS BOLSAS DO EDUCA MAIS BRASIL

O Educa Mais Brasil oferece bolsas de estudo de até 70% para ensino básico, Graduação, Pós-Graduação, cursos técnicos e profissionalizantes e Educação de Jovens e Adultos - EJ, entre outras. São bolsas destinadas a estudantes que não podem pagar uma mensalidade integral. As inscrições para o programa são gratuitas e podem ser feitas através do site www.educamaisbrasil.com.br

Fonte: www.g1.com.br

Por Rubem Tadeu - Presidente
rtcastroalves@bol.com.br

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Antecipar alfabetização é um avanço, afirmam especialistas


SÃO PAULO - A Base Nacional Comum Curricular - BNCC prevê a ênfase na alfabetização nos dois primeiros anos do ensino fundamental. Segundo o documento, ao fim desse período, a criança já deve ser capaz de ler com autonomia e fluência, textos curtos, com nível de textualidade adequado. É um ano a menos do que prevê o Plano Nacional de Educação - PNE, que traça a meta de alfabetizar crianças até o final do 3º ano dessa etapa de ensino, quando elas têm oito anos de idade.
Especialistas no tema aprovam a mudança. Eles defendem a capacidade neurolinguística da criança e argumentam que adiantar a alfabetização para os sete anos faz diferença no direito desse pequeno estudante se apropriar das coisas à sua volta. "A gente tem de ter altas expectativas para todos. A educação tem o papel de gerar oportunidades iguais. Se começo a retardar o prazo limite porque acho que a criança só está em condições ao fim do terceiro ano, já estou fazendo com que ele saia perdendo", afirma Claudia Costin, professora visitante de Harvard e ex-diretora de Educação do Banco Mundial.
No Brasil atual, em que a escolarização se tornou obrigatória a partir dos 4 anos de idade, antecipar o processo de leitura e escrita é ainda mais premente, defende a educadora. "A própria base propõe a educação infantil centrada no brincar, mas com uma intencionalidade pedagógica que vai ajudar no desenvolvimento escolar futuro. Por que não usar essa premissa para creditar que o aluno de sete anos tem capacidade de ler e escrever?

Ensinar na hora certa

A leitura das competências de letramento e alfabetização que aparecem na BNCC exigem, no entanto, uma interpretação minuciosa e que dê conta da complexidade do tema, ponderam os linguistas.
"Se considerarmos que uma criança alfabetizada é aquela que não só sabe ler e escrever, mas também sabe fazer uso da leitura e da escrita, lendo e interpretando textos, escrevendo textos com razoável qualidade, serão necessários mais anos para que isso ocorra. Na verdade, todos os demais anos do ensino fundamental e médio", afirma Magda Soares, pesquisadora do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG.
A coordenadora da versão 3 da BNCC, professora Ghisleine Trigo Silveira, explica que concentrar os fundamentos do letramento nos dois primeiros anos do ensino fundamental sinaliza que a BNCC enxerga o aluno como a figura principal no processo de aprendizado voltado à reflexão social.
"Nosso objetivo é, antes de tudo, favorecer e estimular o protagonismo dos alunos. E a apropriação das convenções da escrita é requisito para a participação nas mais diversas práticas sociais".


Fonte: www.folha.uol.com.br

Por Rubem Tadeu - Presidente da AFAMA
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segunda-feira, 29 de maio de 2017

Mais de 51 mil vagas para o Sisu 2017 estão abertas a partir desta segunda-feira, 29 de maio




Brasília - Os candidatos interessados em concorrer a vagas no Ensino Superior público já podem consultar a oferta do Sistema de Seleção Unificada - Sisu para o segundo semestre pela internet. As inscrições serão abertas nesta segunda-feira, 29 de maio, e vão até o dia 1 de junho, apenas quatro dias. Os interessados devem ficar atentos a esse prazo.
Ao todo serão ofertadas 51.913 vagas em 1.462 cursos de 63 instituições de ensino, entre universidades federais e estaduais, institutos federais e estaduais. O número é menor que o do segundo semestre do ano passado, quando foram ofertadas 56.422 vagas em 65 instituições públicas de ensino superior.
Para esta seleção, os candidatos deverão usar a nota do Enem 2016. Para participar, a noa da redação do Enem não pode ter sido zero.
O Sisu terá uma única chamada e a divulgação do resultado está prevista para o dia 5 de junho. Também nesta data será aberta a lista de espera, que permanecerá disponível até 19 de junho. As matrículas ocorrerão do dia 9 ao dia 13 de junho e a convocação da lista de espera será feita a partir do dia 26 de junho.
Mais de 6 milhões e 100 mil estudantes fizeram o Enem em 2016. A primeira edição do Sisu de 2017 ofertou mais de 238 mil vagas em 131 instituições públicas.

Fonte: www.diariodoamazonas.com.br

Por Rubem Tadeu - Presidente da AFAMA
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terça-feira, 16 de maio de 2017

Jogos Estudantis do Amazonas edição 2017 são realizados em Boa Vista do Ramos

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MANAUS - A cidade de Boa Vista do Ramos - Am, que fica a 269 km de Manaus, parou na noite dessa última segunda-feira, 15 de maio, para prestigiar a abertura do terceiro polo dos jogos Escolares do Amazonas, o JEAS. Na quadra de esportes do interior, mais de duas mil pessoas saldavam os municípios participantes, sendo Parintins, Maués, Barreirinha e Nhamundá. Com direito ao acendimento da Pira Olímpica e do juramento do atleta, o evento contou com a participação dos secretários de Estado da Juventude, Esporte e Lazer - Sejel, Fabrício Lima, e do de Educação - Seduc, Arone Bentes. Os jogos recebem apoio do Governo do Estado do Amazonas.
Após a solenidade, teve largada as classificatórias do vôlei, handebol e futsal. Nesta terça-feira, 16, o atletismo foi protagonista e já revelou alguns nomes que vão vir a capital para tentar uma vaga nos jogos Escolares da Juventude - JEJ, uma vez que os JEAS serve de seletiva para o evento nacional. Uma das atletas que já está garantida para a decisão do principal torneio interescolar do Estado é Gabriela Maia, de Barreirinha. A jovem participou dos 1.000 metros e foi a primeira a cruzar a linha de chegada. Para chegar à seletiva, a estudante enfrentou cinco horas de barco até Boa Vista do Ramos.
"Foi uma prova muito difícil, fiquei bastante cansada quando finalizei, pois tive que forçar bastante para a segunda colocada não alcançar, estava quente, mas fiquei muito feliz com o resultado. Essa será a primeira vez que vou para a fase final em Manaus e quero muito vencer lá", disse a estudante, que é da Escola Estadual Mari do Socorro Andrade. Outro que se deu bem na pista foi Pedro Alan Seixas, de 17 anos. Essa é a segunda vez que o jovem tenta passar na seletiva dos polos e, diferente de sua estreia quando ficou em terceiro lugar, em 2016, este ano ele conquistou a primeira colocação em duas provas, nas de 3.000 e 800 metros. O morador de Boa Vista do Ramos fez jus a terra natal e orgulhou a torcida que era grande e ecoava seu nome.
"Foi uma beleza vencer, principalmente na minha casa, e sendo assistido pela minha mãe, avó e avô é algo especial. Vou para Manaus representando minha cidade e sei que a pressão será grande, mas vou dar o meu melhor. Me esforcei e o resultado foi o melhor possível. Meu sonho era ir para a capital e agora vou conseguir através do esporte", disse o estudante do 1º ano da Escola Estadual Maria Isabel.
A competição no polo três segue até sábado, dia 20, e os primeiros lugares estarão automaticamente classificados para a fase final em Manaus, dia 20 de julho. Os campeões da categoria infantil disputam os jogos Escolares da Juventude na cidade de Curitiba-PR, de 12 a 21 de setembro. Já os vencedores da categoria Juvenil participam da mesma edição do torneio em novembro, em Brasília-DF, de 16 a 25 de novembro.

Fonte: www.acritica.com.br

Por Rubem Tadeu - Presidente da AFAMA
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segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Inscrições para o Prouni começam nesta terça (31)


Folha Imagem


MANAUS - As inscrições para o Programa Universidade para Todos - Prouni começaram à meia-noite desta terça-feira, 31. Estão sendo oferecidas 214.110 bolsas de estudos em instituições de ensino superior privadas para estudantes de todo o país. As inscrições podem ser feitas até às 23h59min do dia 3 de fevereiro de 2017.
Antes previsto para o dia 30, o período de inscrições para o Prouni foi adiado em um dia por "precaução técnica", de acordo com o Ministério da Educação - MEC. O calendário de inscrições para o Fies também foi ajustado; as inscrições serão abertas entre os dias 7 e 10 de fevereiro.
Do total de bolsas oferecidas pelo Prouni, 103.719 são integrais e 110.391 são parciais, porque o governo federal arca com 50% da mensalidade. Segundo o MEC, essa é a maior oferta de bolsas desde a criação do programa em 2004. As inscrições serão feitas exclusivamente através do endereço www.siteprouni.mec.gov.br. Para participar do processo seletivo, o candidato deve informar o número de inscrição e a senha que foram usados no Enem 2016. É possível optar por até dois cursos com ordem de preferência.
Podem concorrer os estudantes que não tenham diploma de curso superior e tenham alcançado o mínimo de 450 pontos no Enem, que tenham cursado o ensino médio em escola pública ou, na condição de bolsista integral, na rede particular. É preciso comprovar renda familiar de até um salário mínimo e meio para a bolsa integral e de até três salários mínimos para a parcial.
Também podem participar pessoas com deficiência e professores do magistério da rede pública de ensino que integrem o quadro permanente da instituição de ensino.

Fonte: www.bol.com.br

Por Rubem Tadeu - Presidente da AFAMA
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domingo, 22 de janeiro de 2017

Por que a Funai não é comandada por um indígena?


BRASÍLIA - O Brasil é um país plural em vários sentidos, principalmente étnica e culturalmente. Dar voz a essa pluralidade não é simples, mas existem exemplos de avanços. Há negros comandando órgãos de igualdade racial, mulheres em instituições de defesa dos direitos da mulher e homossexuais em organizações LGBT. A nomeação do novo presidente da Fundação Nacional do Índio - FUNAI no último dia 13, levantou a questão: por que a Funai não é comandada por um indígena?
"Não é só na Funai, em vários níveis da sociedade brasileira o indígena é posto à parte, como incapaz ou ´inqualificado`. No Governo Temer, por exemplo, é possível notar a falta de representatividade como relação ao número de funcionárias mulheres, homossexuais ou negros. O indígena é igualmente sub-representado na sociedade e nos poderes", avalia a indigenista Ivaneide Bandeira Cardozo. Para ela, que não concorda com a nomeação de Antônio Fernandes Toninho Costa para o comando da Funai, o Brasil é um país extremamente preconceituoso com os indígenas.
Toninho, como é conhecido, é formado em Odontologia e especialista em saúde indígena pela Universidade Federal de São Paulo - Unifesp. De 2010 a 2012 atuou como coordenador-geral de monitoramento e avaliação da saúde indígena na Secretaria Especial de Saúde Indígena - Sesai, órgão do Ministério da Saúde. Ele também foi assessor técnico de duas comissões parlamentares da Câmara dos Deputados ligadas ao tema e consultor da Organização Pan-americana do Brasil, entre os anos de 2015 e 2009, Missão Evangélica Caiuá da Igreja Presbiteriana do Brasil, entre os anos de 2005 e 2009, como coordenador técnico de Saúde.
A reportagem do Portal Amazônia entrou em contato com o Ministério da Justiça para saber os critérios de escolha do presidente do órgão. Por meio de nota, o Ministério não explicitou quais seriam as qualidades exigidas, mas sobre Toninho, disse que "pela experiência de 25 anos com a questão indígena, o presidente da Funai nomeado recentemente apresenta as condições de conhecimento técnico necessário para exercer a presidência da Fundação.
Uma das maiores organizações indígenas brasileiras, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil - APIB publicou nota criticando severamente a escolha de Toninho. "Diante das indicações à presidência e cargos de diretoria da Funai, preenchidas como parte da cota do Partido Social Cristão - PSC, decorrente das articulações no Congresso.

INDICAÇÃO



Em junho de 2016, quando o então presidente João Pedro Gonçalves da Costa deixou o cargo, parte do movimento indígena chegou a se articular para fortalecer a indicação do acreano Sabá Haji, da etnia Machinere, ao comando da Funai. Lideranças do Acre do PMDB e do DEM chegaram a formalizar a indicação, mas o esforço foi em vão. "Não é uma questão de falta de qualificação. Em 2016, várias associações indígenas de todo o Brasil fizeram campanha para Sabá Machinere do Acre. Nós enviamos cartas para o Ministério da justiça, visitamos deputados e senadores em Brasília e mesmo assim não fomos ouvidos", conta Ivaneide.
Sebastião ´Sabá` Haji Machinere é especialista em direito indígena pelas Nações Unidas e já foi presidente da União das Nações Indígenas do Acre. Ele defende que a atual conjuntura política é uma das principais forças contra a atuação indígena dentro da própria Funai.
Uma das maiores lideranças do movimento indígena brasileiro, Ailton Krenak, acredita que a presidência da Funai é meramente forma e quase totalmente destituída de poder. Segundo ele, o cargo é utilizado para negociações entre governo e partidos, deixando de tomar boa parte das decisões relevantes.

AUTONOMIA

Por outro lado, o mestre em Antropologia Social pela Universidade de Brasília - UnB, Gersem Baniwa, propõe a seguinte reflexão sobre o movimento indígena organizado brasileiro: "o essencial é manter-se autônomo". A tendência no movimento indígena é não se envolver diretamente com indicações de cargo. De acordo com a lei, a escolha dos presidentes de órgãos federais é uma prerrogativa do governo. Isso não significa que não apoiamos um indígena para o comando da Funai. Nós estamos focados em defender os direitos indígenas de maneira plena e autônoma", opina.
Além disso, ele acha que indígenas não devem negociar com políticos para que não resulte na perda parcial de direitos, seja qual for a contrapartida.

INDÍGENAS MERECEM OPORTUNIDADE

Agrônomo e ex-presidente da Funai, João Pedro Gonçalves da Costa acredita que o compromisso com os direitos indígenas e a autonomia são os fatores mais importantes gerir o órgão, que comandou em 2015 e 2016. Para ele, tanto indígenas quanto não indígenas podem comandar a Funai de maneira consciente e habilitada.
Gonçalves concorda com Sabá Haji sobre as relações do Governo Temer com setores rivais da agenda indígena. O ex-sertanista Sydney Possuelo foi presidente da Funai entre 1991 e 1993. Segundo ele, poucas pessoas à frente do órgão realizaram grandes feitos na questão indígena e acredita que existem indígenas preparados para assumir cargos de presidente e diretores. Acredita ainda que a facilidade de nomeação do governo para os cargos de confiança da Funai poderia ser usado como ferramenta para testar representantes de diversas etnias brasileiras.
Entretanto, mesmo concordando que a Funai deva ser presidida por um indígena, o ex-sertanista discorda da ideia de que os indígenas devam escolher seu próprio representante. "O que eu não concordo é fazer enquete para decidir quem vai ser escolhido. O Brasil tem mais de 100 etnias, cada uma falando a própria língua e temos a mesma cultura, já não chegamos a um acordo, imagina os indígenas", afirma.

Fonte: www.portalamazonia.com

Por Rubem Tadeu - Presidente da AFAMA
rtcastroalves@bol.com.br

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Senac inaugura faculdade em Manaus com ensino focado em comércio e serviços



MANAUS - Para atender as novas dinâmicas do setor produtivo e do mercado de trabalho do Amazonas, a Faculdade de Tecnologia Senac - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - traz na sua grade de estreia na Região Norte os cursos de design gráfico, Logística, Processos Gerenciais e Gastronomia. Com uma estrutura moderna, a instituição inicia suas atividades em Manaus no mês de fevereiro. Os cursos contam com um plano curricular direcionado para a prática do conhecimento e visando o aperfeiçoamento profissional em ambiente acadêmico.

INCENTIVANDO A PRÁTICA

De acordo com a diretoria acadêmica da Faculdade Senac, Karla Bessa, o grande diferencial da instituição é o foco na prática, independente da área. "Dessa forma pensamos em fazer com que o aluno vivencie os conceitos que precisa para o seu desenvolvimento profissional dentro do mercado, mas ainda com o discente.
Para isso tem as parcerias com empresas, que dentro do planejamento pedagógico, receberão alunos para visitas técnicas e outras atividades de vivência em suas áreas. Em contrapartida receberem os depoimentos de gestores e empresários das necessidades e demandas da região", explicou.

PESQUISA DE MERCADO NORTEOU ESCOLHAS

A escolha pelos cursos no Amazonas teve como base uma pesquisa de mercado, realizada pelo Senac em 2012. Nela, foram sinalizados os dez cursos mais procurados, onde os quatro primeiros já são oferecidos pela instituição e a partir do segundo semestre deste ano, novas turmas de cursos superiores nas áreas de estética e moda também devem entrar na grade.
Para Karla, a implantação da faculdade vem preencher uma lacuna importante no Senac. "Antes ficava esse vácuo após o aluno finalizar o técnico, porque só tínhamos a pós-graduação. Então agora com os tecnólogos, poderemos fazer todo o itinerário informativo do aluno", afirmou a diretora.
Uma das grandes estratégias da instituição é colocar dentro da grade curricular dos cursos oferecidos, pelo menos uma disciplina de empreendedorismo e de gestão. "Quando se fala em empreendedor se pensa logo na área de comércio e serviços, mas percebemos que muitas vezes falta a tal disciplina em algumas áreas específicas. Atualmente está acontecendo muito de a pessoa querer gerenciar seu próprio negócio ou empreender", ressaltou Karla.

REALIDADE REGIONAL

Um dos mais procurados, segundo a diretora, o curso de gastronomia mostra que a expertise do Senac na área o torna uma referência no país. De acordo com ela, o segmento é o mais forte da instituição e muitos alunos já são formados por outras faculdades procuram o Senac, que tem tradição, credibilidade e reconhecimento, além de oferecer vivências similares ao mercado de trabalho. O curso vai dar base para entender melhor como gerenciar um negócio, não só da cozinha em si", comenta karla.
Outro curso com demanda é o de Design Gráfico. Na faculdade ele conta com um laboratório moderno com plataforma MAC para todos os alunos e mesas digitalizadoras. Segundo o Senac, a meta é formar profissionais capazes de atuar em diversos departamentos de comunicação, publicidade, propaganda e marketing de empresas industriais e de serviços, setor público, organizações não-governamentais e empresas especializadas.
Para a diretora, o curso de logística representa um novo foco do Senac. "Mais que atender ao Polo Industrial de Manaus - PIM, o curso também enxerga o comércio que tem seus centros de distribuição e que passa por dificuldades semelhantes à indústria. E o diferencial é a adequação do curso à realidade regional", destacou. Já o curso de Processos Gerenciais tem no comércio, turismo e serviços seus grandes focos, comentou Karla.
A Faculdade de Tecnologia Senac Amazonas tem a capacidade de atender 140 alunos por turno, sendo que inicialmente receberá turmas apenas em horário noturno e vespertino. Quem perdeu o vestibular em novembro de 2016, pode aproveitar a nota do Enem entre 2012 e 2016, com pontuação total mínima de 350 pontos, alunos para a segunda graduação e prova agendada ainda podem se matricular diretamente na instituição.
Por ser voltada para o comércio de bens, serviços e turismo, a Faculdade Senac Amazonas possui uma política de desconto de 10% exclusiva para comerciários.

Fonte: www.portalamazonia.com

Postado por Rubem Tadeu - Presidente da AFAMA
rtcastroalves@bol.com.br

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Uma das mais belas espécies de araras, a canindé, volta aos céus de Manaus

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MANAUS - Sem aparecer há pelo menos dez anos em Manaus, as araras-canidé - de cores azul, amarelo e preto - voltaram a ser vistas este ano na cidade. Há relatos de revoada dessa espécie em diversas áreas verdes da capital, dentre as quais a do Museu da Amazônia - Musa, no bairro Cidade de Deus, da Universidade Federal do Amazonas - UFAM e do conjunto Acariquara, no bairro Coroado, além do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, no bairro Adrianópolis.
O veterinário Anselmo D´Affonseca contou que viu um casal de araras-canindé com um filhote na mata do INPA e há três semanas viu um bando com aproximadamente 42 passar pelos céus do Musa. De acordo com ele, que fotografou essa espécie de arara numa reserva do INPA, na BR-174 e em Balbina, no município de Presidente Figueiredo, nunca tinha visto essas araras em Manaus. "Foi uma surpresa porque pela primeira vez vi araras-canindé voando na cidade", afirmou.
Conforme o jardineiro Naldo Silva, 30, houve muita revoada de aararas-canidé na floresta do conjunto Acariquara. Ele relata que elas apareciam de manhã cedo e no final da tarde. Agora, elas continuam indo ao local, mas em menor quantidade. "Antes vinham mais e tanto araras vermelhas quanto azuis. Elas faziam muito barulho quando estavam comendo frutos dos açaizeiros e das azeitoneiras. Atualmente elas continuam aparecendo, mas em bando pequeno", disse.
A bióloga Aline Ramos dos Santos viu araras-canindé na área de proteção ambiental da UFAM. Ela disse que ficou surpresa com a quantidade de araras nessa época, tanto no conjunto Acariquara quanto na UFAM. "Elas estão muito presentes agora. Nunca vi tanta arara, com tanta frequência, como nos últimos dias! Além do ´ressurgimento´ das canindé, está tendo mais araras na área. Qual será o motivo?", questiona a bióloga.
De acordo com o pesquisador do INPA, Mário Cohn-Haft, as araras-canindé começaram a aparecer em grande quantidade em Manaus no mês de outubro de 2015. Ele disse que não dá para saber o que trouxe essa espécie, ausente há pelo menos dez anos. "Esse é um evento misterioso. Não está claro se o que estimula é a abundância de alimento onde aparecem ou a escassez em seu lugar de origem ou as duas coisas juntas", observou.


Fonte: www.acritica.com
Por Major PM Castro Alves - presidente da AFAMA
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