quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Eleições americanas 2016: perplexidade mundial


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MANAUS - As eleições norte-americanas normalmente têm pitadas riquíssimas de questionamentos morais que de certo modo dão as diretrizes aos eleitores e a quem gosta de acompanhar o andamento das eleições pelo mundo inteiro. Em 2016 o que chamou a atenção dos americanos e dos apreciadores das eleições americanas foi muito além do que em tese acontece naquele país quanto a acusações no campo moral: a afronta ao cidadão latino, quando garantiu em campanha a construção de um muro em toda a fronteira com o México, inclusive, bancado por esse país, para impedir a entrada ilegal de estrangeiros; as famílias de baixa renda, quando prometeu acabar com o programa Obamacare, plano de saúde para a população ´carente`; deportação de milhões de latinos; provocar guerra para obtenção de riqueza dentre outras.
Em todas essas situações, Donald Trump, o presidente eleito dos Estados Unidos da América, maior potência econômica e bélica do mundo, transmitiu durante sua campanha eleitoral uma nova forma de causar terror psicológico nas pessoas, e o mundo assimilava tudo isso aterrorizado. Um muro na fronteira com o México até poderia ser uma medida cabível para impedir a imigração ilegal e naturalemente a entrada de drogas e doenças. Para Trump, a criação do programa Obamacare é resultado da presença de latinos, que cria uma população pobre dentro de um país rico. Ocorre que a forma de afirmar que construiria esse muro causou um temor, pois consiste em atitude totalitária e desumana na maior democracia do mundo. Não se pode compreender de outro modo senão que Trump é xenófobo real e intolerante. Nos Estados Unidos existem cerca de 11 milhões de estrangeiros ilegais os quais seriam oportunamente deportados para seus países de origem.
Na verdade é como se a solução dos problemas americanos estivesse quase exclusivamente nessas medidas que, sob a égide dos países pelo mundo, salvo as exceções, são politicamente incorretas e inaceitáveis.
Na maioria dos seus discursos, o que mais incomodou o mundo pelo que se percebe nos noticiários jornalísticos foi a forma cruel de afirmar como adotaria uma medida ou outra, especialmente quando se referiu aos vizinhos mexicanos, aos muçulmanos e demais estrangeiros que pretendem entrar no país. Com isso, o mercado esfria; os investidores se camuflam e passam a aguardar os primeiros resultados para sentir a direção que será dada à economia americana e os presidentes dos países com os quais os EUA mantém algum tipo de relação se fecham em seus territórios apreensivos porque não conhecem ou não tem noção do impacto dessas medidas. Até mesmo guerra bélica é pauta possível do maligno futuro governo de Trump.
Em resumo, Trump implantou nova ordem no mundo com seu discurso de campanha: nova ordem do medo, do desconhecido, do improvável, das crises diplomáticas, etc. A população mundial se mantém perplexa, pasma e em fase de preparação para o futuro incerto, ou seja, conviver com qualquer situação que seja implantada no mundo em função das ações americanas.
A curiosidade é saber em que seremos afetados com esse discurso ofensivo transformado em atitudes? Será sinônimo de empobrecimento dos países? Será sinônimo de conflito mundial? Será sinônimo de truculência e dominação territorial com uso de força bélica para apoderação de riqueza?
Espera-se que o discurso inflamado não passe de discurso inflamado e os Estados Unidos da América seja de fato o país do desenvolvimento, da democracia, da tecnologia, do exemplo positivo, da nação potência. Espera-se que o governo de Trump seja uma grande surpresa assim como foi o resultado das eleições norte-americanas. Todos desejam nesse momento ser surpreendidos, pois o mundo já não suporta mais ditadores, doutores da dor, do sangue, da guerra. 

Elaborado por Rubem Tadeu - Presidente da AFAMA
rtcastroalves@bol.com.br

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