O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Augusto Chagas, atribui a "polarização do segundo turno" à decisão da entidade de declarar voto à petista Dilma Rousseff, posição também adotada pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES). As organizações, que na primeira etapa da corrida presidencial afirmaram que não apoiariam um determinado candidato em respeito à "pluralidade" de seus integrantes, criticaram, em notas individuais, o que entendem como viés "privatista" e "neoliberal" representado pelo tucano José Serra.
Em ambas as notas, os estudantes são "convocados" a participar do processo.
- No ambiente de polarização que se configura na atual quadra política, é fundamental que essa geração tome posição e derrote o setor conservador representado na candidatura de José Serra - diz o texto assinado pela UNE. Já a UBES evoca os "caras-pintadas", que entraram em cena durante o impeachment do ex-presidente Fernando Collor.
- E é por isso que a histórica União Brasileira dos Estudantes Secundaristas mais uma vez colocará os caras-pintadas nas ruas para impedir a volta da direita ao poder.
Apesar de ter afirmado, em abril passado, que não era tradição da UNE apoiar candidaturas, Chagas ressalta que o voto declarado à Dilma é uma postura coerente com o histórico da entidade.
- Num segundo turno, é mais natural que a entidade se posicione. É um momento em que as organizações sociais precisam emitir uma opinião mais concreta.
Tem a ver com oferecer para a sociedade a opinião da UNE, mostrar que ela está embasada no que sempre lutou. Se você olhar para os últimos 30 anos, desde que a UNE se reorganizou em 1979, e fizer um retrospecto das bandeiras que a entidade defende, você vai entender as razões pelas quais, num cenário de polarização como esse, a UNE se posiciona nesse momento.
Fonte: http://www.terra.com.br/
Rubem Tadeu - Presidente da AFAMA
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