A greve nacional dos bancários chegou nesta quarta-feira ao oitavo dia, com a ampliação do movimento. Ficaram paradas 7.723 agências nos 26 Estados e no Distrito Federal, o que representa 39% dos 19.800 postos existentes, segundo a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro).
De acordo com a confederação, a greve deste ano já pode ser considerada a maior nas últimas duas décadas. Em 2009, os bancários paralisaram 7.222 unidades no dia de maior mobilização do movimento.
Saiba como pagar as contas durante a greve
No balanço de hoje, há 286 agências fechadas a mais do que ontem. Em relação ao primeiro dia da greve, iniciada na última quarta-feira (29), o número quase dobrou.
"O aumento contínuo da paralisação mostra a crescente indignação dos bancários com o desrespeito dos bancos. Mesmo com o lucro de mais de R$ 25 bilhões somente no primeiro semestre, só ofereceram de reajuste a reposição da inflação de 4,29% e rejeitaram todas as outras reivindicações dos trabalhadores", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do comando nacional dos bancários.
Em São Paulo, Osasco e região 717 agências bancárias e 13 centros administrativos fecharam. "Estima-se que 32,5 mil trabalhadores participaram das paralisações neste oitavo dia de greve", segundo o sindicato da categoria na região.
PAUTA
Os bancários, com data-base em 1º de setembro, reivindicam aumento de 11% no salário, PLR (Participação nos Lucros e Resultados), vale-refeição, vale-alimentação, auxílio-creche e pisos maiores, além de auxílio-educação para todos e melhores condições de saúde.
A greve por tempo indeterminado foi aprovada em assembleia realizada na noite de terça-feira (28), depois de a categoria rejeitar a proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).
A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) informou na segunda-feira que aguarda a volta dos bancários à mesa de negociações e disse que a proposta de reajuste salarial --que previa apenas a reposição da inflação (4,29%)-- era somente o início.
ALTERNATIVAS
Os clientes que tiverem dificuldades em pagar contas nas agências devido à greve dos bancários podem recorrer aos canais de atendimento remoto, como os caixas eletrônicos e os correspondentes não bancários como casas lotéricas, farmácias, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados.
Para quem tem acesso, os bancos ainda oferecem o serviço na internet.
Para localizar uma agência ou posto de atendimento bancário em qualquer ponto do país, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) disponibiliza em seu site na internet uma ferramenta de busca e localização de endereços.
DEFESA DO CONSUMIDOR
A Fundação Procon-SP alerta o consumidor para efetuar o pagamento de faturas, boletos bancários ou qualquer outra cobrança para não ser cobrado de eventuais encargos e para que seu nome não seja enviado aos serviços de proteção ao crédito.
A recomendação da entidade é entrar em contato com as empresas e solicitar outros locais e formas para efetuar o pagamento. Caso não haja, o consumidor deve documentar a tentativa de quitar o débito, podendo até registrar uma reclamação junto ao Procon.
O entendimento é que o consumidor não pode ser prejudicado por problemas decorrentes da greve.
Fonte: http://www.folha.com.br/
Rubem Tadeu - Presidente da AFAMA
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