SÃO PAULO - A inadimplência no segmento educação ficou abaixo do verificado em outros setores da economia no mês de maio, de cordo com levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito - SPC e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas - CNDL divulgado nesta quarta-feira, 17.
De acordo com o levantamento, é a primeira vez desde 2012 que o setor educação fica abaixo da média geral.
O levantamento aponta que a diminuição na quantidade de dívidas no setor educação também é menor que em outros setores mesmo se considerado o acúmulo do ano.
EDUCAÇÃO X OUTROS SETORES
No total dos outros setores, houve aumento acumulado nos cinco primeiro meses do ano de 4,63% nas dívidas. Em educação, o aumento foi de 0,87%. No mesmo período do ano passado, os percentuais eram de 3,29% - outros setores - contra 8,10%
Segundo a análise do SPC, apesar do setor educação, houve piora significativa nos índices da inadimplência geral.
Para a empresa, isso é resultado da pressão exercida pela inflação, aumento da taxa de juros e piora de indicadores econômicos, como renda e emprego.
DÍVIDA MAIOR NO ENSINO SUPERIOR
Enquanto o número de dívidas no país aumentou 6,70% na comparação anual, o número de dívidas no segmento educação cresceu 4.29%. No setor, os estudantes de nível superior respondem por 43,48% do total de dívidas no seguimento.
Em segundo lugar vêm outras atividades de ensino (33.70%) e por fim a educação de ensino infantil, fundamental e médio (15,04%).
Entretanto, a análise aponta para um decréscimo da inadimplência no Ensino Superior. No acumulado de janeiro a maio de 2014, o crescimento das dívidas não pagas foi de 16,8%. No mesmo período deste ano, o segmento teve uma variação negativa de -2,5%.
A estudante Nathalia Campos não conseguiu se inscrever no Fies deste ano. No início do semestre, ela pegou um empréstimo no banco para pagar as duas primeiras mensalidades do curso de medicina na Faculdade Brasileira MultiVix em Vitória. Mas sem o financiamento estudantil, ela adquiriu uma dívida de quase R$ 40 mil com o banco e a instituição de ensino.
Fonte: www.g1.com.br
Por Daniele Castro Alves
rtcastroalves@bol.com.br
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