KIEV-UCRÂNIA - Principais acontecimentos desde 18 de fevereiro de 2014, em que o Secretário de Estado Americano, John Kerry, desembarcou nesta terça-feira para apoiar o novo governo em Kiev.
FEVEREIRO
18 a 20 - Explosão de violência em Kiev, ocasião em que os confrontos entre os manifestantes e os policiais deixaram 82 mortos.
Milhares de pessoas ocupam há três meses a Praça da Independência no centro de Kiev. A manifestação nasceu da decisão do poder ucraniano, em novembro, de rejeitar um acordo com a União Europeia, voltando-se para Moscou.
22 - O Parlamento depõe Viktor Yanukovytch e estabelece uma eleição presidencial antecipada para 25 de maio, apesar de um acordo obtido com a oposição, na véspera, para por fim à crise. A ex-Primeira-Ministra Yulia Tymochenko é solta da prisão.
23 - O Presidente do Parlamento ucraniano, Olexander Turchynov, é eleito presidente interino. Arseni Yaseniuk será designado pelo Parlamento como Primeiro-Ministro do governo de transição.
24 - A Rússia contesta a legitimidade o novo governo.
26 - Na Crimeia, República autônoma e Russófona do Sul da Ucrânia, que abriga a frota russa do Mar Negro, são registrados confrontos entre grupos pró e antirrussos na capital, Simferopol. Por meio de documentos, descobriu-se que Yanukovytch idealizou uma operação antiterrorista para "limpar Kieb".
27 - Em Simfeopol, o Parlamento, agora com um comando pró-Rússia, vota pela organização de um referendo, em 30 de março, por mais autonomia e destitui o governo local.
28 - Kiev acusa Moscou de "invasão armada e de ocupação", depois que homens armados assumiram o controle dos aeroportos de Belbek - perto de Sebastopol - e de Simferopol. Yanukovytch, alvo de um mandado de prisão por "assassinatos em massa", afirma na Rússia que é "o presidente legítimo" e que foi obrigado a deixar o país por causa de ameaças.
MARÇO
1 - O Conselho da Federação - Senado - russo aprova um pedido de intervenção militar na Ucrânia apresentado pelo presidente Vladimir Putin. Em ligação de 1h30min, Obama diz a Putin que ele violou a lei internacional.
2 - A Ucrânia se "encontra à beira da catástrofe", após a declaração de guerra da Rússia - Yaseniuk. Um funcionário americano denuncia que Moscou tem o "controle operacional completo" sobre a Crimeia.
O Chefe da Marinha ucraniana se submete às autoridades locais pró-Rússia da Crimeia. Sete países do G8 suspendem sua presença nos preparativos para a cúpula de Sochi, em junho, na Rússia.
3 - Kiev acusa a Rússia de continuar a enviar militares em massa para a Crimeia. Todas as bases militares ucranianas estão cercadas por soldados não identificados. Washington suspende sua cooperação militar com a Rússia.
4 - Vladimir Putin nega qualquer envolvimento russo e denuncia um "golpe de Estado" contra o único presidente legítimo, em alusão a Yanukovytch. Ele acrescenta que uma intervenção militar russa não é necessária no momento, mas que a Rússia se reserva o direito de recorrer a todos os meios para proteger seus cidadãos.
As declarações de Putin não enganam a ninguém, afirma o presidente americano, Barack Obama. Em Kiev, o Secretário de Estado americano, John Kerry, condena o ato de agressão da Rússia, mas garante que os Estados Unidos não procuram uma confrontação com Moscou.
Segundo um Oficial ucraniano, as forças russas que cercam a base de Belbek atiraram nos militares ucranianos. Acontecem os primeiros contatos tímidos entre o novo poder ucraniano e Moscrou - Yaseniuk.
A companhia russa Gazprom anuncia que vai por fim, a partir de abril, à redução no preço do gás vendido para a Ucrânia. A União Europeia se compromete a ajudar Kiev a regularizar sua dívida de US$ 2 bilhões pela compra do gás russo. Washington oferece US$ 1 bilhão, dentro de um empréstimo internacional.
Por Rubem Tadeu - Presidente
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