Forte abalo de magnitude 8,9 atingiu a costa próximo à ilha de Honshu.
Houve destruição no litoral da principal ilha do país, e há quase mil feridos.
O forte terremoto de magnitude 8,9 que atingiu nesta sexta-feira (11) a costa nordeste do Japão, segundo o Serviço Geológico dos EUA (USGS), gerando um tsunami (onda gigante com potencial destrutivo) de até dez metros de altura que varreu a costa do país, deixou mais de mil mortos ou desaparecidos, além de ter destruído regiões inteiras.
O tremor foi o 7º pior na história, segundo a agência americana, e também o pior já registrado no Japão.
A Polícia Nacional informou que 178 pessoas morreram, 584 estão desaparecidas e ao menos 947 estão feridas. A polícia da província de Miyagi disse que até 300 corpos de vítimas do tsunami foram encontrados na região costeira da cidade de Sendai. As autoridades acreditam que são corpos de residentes que morreram afogados pela onda de dez metros de altura que atingiu o litoral.
A agência Kyodo e outros veículos estimaram que o número de vítimas pode passar de mil. A maioria deles teria morrido afogada.
O abalo provocou um tsunami que alcançou áreas da cidade japonesa de Sendai, na ilha de Honshu, a principal do arquipélago japonês.
O abalo provocou um tsunami que alcançou áreas da cidade japonesa de Sendai, na ilha de Honshu, a principal do arquipélago japonês.
Carros, barcos foram arrastados, casas e outras infraestruturas foram destruídas, e as imagens da destruição, feitas de helicópteros, são impressionantes.
Um vídeo da TV local mostrou a onda gigante arrastando carros em sua chegada à costa.
Em muitos lugares, o mar ultrapassou os diques de proteção e avançou vários quilômetros por terra, recordando cenas do tsunami que ocorreu no Oceano Índico, em 2004.
Alerta no Pacífico
O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico, agência americana, emitiu um alerta para vários países na costa do Pacífico, avisando da possibilidade da chegada de ondas de até dez metros, mas até agora não houve relato de destruição fora do Japão.
A Casa Branca avaliou que os EUA, principalmente o estado do Havaí, escaparam do pior, mas moradores foram retirados da costa da Califórnia.
Ainda não havia informações sobre vítimas brasileiras, segundo o Itamaraty.
Moram na região próxima ao epicentro pelo menos 17 mil brasileiros, segundo a embaixada, que colocou à disposição telefones para informações.
O tremor teve epicentro no Oceano Pacífico a 130 km da península de Ojika, no Japão, a uma profundidade de 24 km, considerada pequena para terremotos.
Ele ocorreu às 14h46 (hora local, 2h46 de Brasília) e foi seguido por mais de 100 fortes tremores de magnitude superior a 5, segundo o USGS, alguns deles percebidos pelos moradores. O governo japonês emitiu um alerta sobre o risco de fortes réplicas.
O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, qualificou como "grandes" os danos causados pelo abalo. Kan pediu "calma" à população. Ele estava no Parlamento na hora do tremor.
Cerca de 4,4 milhões de imóveis ficaram sem energia no norte do Japão, segundo a imprensa, e foram registrados incêndios em pelo menos 80 lugares, segundo a agência Kyodo.
O terremoto sacudiu com força os edifícios de Tóquio. Alarmes foram disparados nos prédios, houve correria, e as linhas telefônicas ficaram bloqueadas.
O terremoto sacudiu com força os edifícios de Tóquio. Alarmes foram disparados nos prédios, houve correria, e as linhas telefônicas ficaram bloqueadas.
As autoridades japonesas pediram aos moradores da capital que ficassem no centro da cidade e que não tentem chegar a suas casas se vivem nos arredores. O transporte coletivo entrou em colapso na capital.
A parede de água entrou quilômetros adentro pela costa da ilha de Honshu, arrastando casas e transformando os portos em cenários de desoladora devastação.
Nas áreas rurais próximas, a onda varreu as frágeis casas de madeira como se fossem de papel, e em questão de minutos devorou centenas de hectares de plantações.
Carros em estrada danificada pelo tremor na
cidade de Yabuki nesta sexta-feira (11) (Foto: AFP)
cidade de Yabuki nesta sexta-feira (11) (Foto: AFP)
Em Aomori, no extremo norte da ilha, pelo menos cinco embarcações grandes, algumas emborcadas de cabeça para baixo, foram levadas pelas águas.
Algumas foram paradas por árvores, outras, por conjuntos de lojas ou barreiras marítimas.
Em Ibaraki, era possível ver do alto grandes casas flutuando pela enchente, cercadas por dezenas de carros.
Um navio com 100 pessoas a bordo foi virado pelo tsunami na costa, segundo a agência Kyodo.
As autoridades japonesas disseram que um trem de passageiros desapareceu depois da passagem do tsunami, informou também a Kyodo.
O trem da East Japan Railway Co. se encontrava perto da estação de Nobiru, no percurso que liga Sendai a Ishinomaki, quando ocorreu o violento terremoto.
Um segundo trem teria desaparecido, anunciou a agência de notícias Jiji, sem precisar se se trataria de uma composição de passageiros ou de carga.
Chile
Em 27 de fevereiro do ano passado, um tremor de magnitude 8,8 atingiu o Chile e deixou mais de 800 mortos. O terremoto no Chile, considerado então o quinto maior da história, ocorreu durante a madrugada e também causou tsunamis. O epicentro foi a 35 km de profundidade.
Em 27 de fevereiro do ano passado, um tremor de magnitude 8,8 atingiu o Chile e deixou mais de 800 mortos. O terremoto no Chile, considerado então o quinto maior da história, ocorreu durante a madrugada e também causou tsunamis. O epicentro foi a 35 km de profundidade.
Fonte: www.g1.com.br
Postado por Rubem Tadeu - Presidente da AFAMA
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