Apresentadora do 'Jornal Nacional' não se esquece da volta do camisa 10 ao Vasco, quando ele marcou cinco gols num 5 a 2 sobre o Corinthians
Uma paixão hereditária. Amor transmitido de pai para filha. Ou corrente que deve ser preservada para o bem-estar da família. Estes são três dos muitos motivos do carinho incondicional de Fátima Bernardes pelo Vasco. Um passatempo da infância, que ganhou corpo na vida adulta e se transformou numa bandeira da apresentadora do "Jornal Nacional".
Escudeira do pai quando criança, a jornalista tinha a missão de escutar os duelos do time cruz-maltino e informá-lo sobre o placar. Não só desenvolveu técnicas para amenizar a ansiedade de um de seus melhores amigos como se encantou pelo Gigante da Colina.
- Sou vascaína por causa do meu pai, que é fanático e fica tão nervoso e desesperado com os jogos a ponto de não conseguir assisti-los. Lembro de ouvir as partidas no radinho desde pequena. Quando o Vasco estava ganhando por três gols de diferença, eu entrava na sala e contava o resultado para ele. Era o jeito de aliviá-lo da tensão. Mas, se a partida estivesse empatada, não podia nem ouvir radinho em casa. O engraçado é que ele conhecia os vizinhos vascaínos. Logo, se ninguém fizesse barulho é porque o nosso time estava perdendo - recordou.
- Sou vascaína por causa do meu pai, que é fanático e fica tão nervoso e desesperado com os jogos a ponto de não conseguir assisti-los. Lembro de ouvir as partidas no radinho desde pequena. Quando o Vasco estava ganhando por três gols de diferença, eu entrava na sala e contava o resultado para ele. Era o jeito de aliviá-lo da tensão. Mas, se a partida estivesse empatada, não podia nem ouvir radinho em casa. O engraçado é que ele conhecia os vizinhos vascaínos. Logo, se ninguém fizesse barulho é porque o nosso time estava perdendo - recordou.
Se faltava algo para fortalecer a paixão pelo Vasco, Fátima Bernardes passou a enxergar Roberto Dinamite como um porto seguro. De ídolo, o camisa 10 virou sinônimo de esperança. E nem quando deixou o clube para atuar no exterior perdeu espaço no coração daquela torcedora. Pelo contrário, o retorno do atacante ao Brasil foi mais do que especial. Tornou-se inesquecível para a apresentadora (assista ao vídeo ao lado dos gols do clássico).
- Sempre fui fã do Roberto Dinamite. Então, meu jogo preferido foi a volta dele ao Vasco, depois de ele ter ido jogar no Barcelona. A partida terminou 5 a 2, com cinco gols do meu ídolo. Não estava preocupava se ele tinha ou não se adaptado lá fora. O importante é que o Roberto havia retornado. Acho que nem ele, na melhor das expectativas, poderia prever que ia marcar tantos gols em um só duelo. Foi inesquecível - afirmou.
Sendo assim, ela isenta o agora presidente vascaíno pela decadência do clube nos últimos anos.
- O Roberto está demorando a colocar o time para frente. Talvez porque falte dinheiro e devido às dificuldades de conseguir patrocinadores. Mas não o culpo pelo fato de o Vasco ter caído. Já era para ter sido rebaixado antes, o time vinha se arrastando e com muitos problemas. Ele recebeu o Vasco falido. O clube não respeitava a imprensa. Era uma dificuldade entrar e trabalhar lá. Isso envergonhava. O Vasco sempre foi um clube que se orgulha de ter colocado pela primeira vez um negro na equipe, com mil histórias no seu passado, mas com um presente de arrogância e intolerância que não combinava com a instituição nem com a torcida. Nesse caso, o fato de ter sido rebaixado não é nada - comparou.
- Sempre fui fã do Roberto Dinamite. Então, meu jogo preferido foi a volta dele ao Vasco, depois de ele ter ido jogar no Barcelona. A partida terminou 5 a 2, com cinco gols do meu ídolo. Não estava preocupava se ele tinha ou não se adaptado lá fora. O importante é que o Roberto havia retornado. Acho que nem ele, na melhor das expectativas, poderia prever que ia marcar tantos gols em um só duelo. Foi inesquecível - afirmou.
Sendo assim, ela isenta o agora presidente vascaíno pela decadência do clube nos últimos anos.
- O Roberto está demorando a colocar o time para frente. Talvez porque falte dinheiro e devido às dificuldades de conseguir patrocinadores. Mas não o culpo pelo fato de o Vasco ter caído. Já era para ter sido rebaixado antes, o time vinha se arrastando e com muitos problemas. Ele recebeu o Vasco falido. O clube não respeitava a imprensa. Era uma dificuldade entrar e trabalhar lá. Isso envergonhava. O Vasco sempre foi um clube que se orgulha de ter colocado pela primeira vez um negro na equipe, com mil histórias no seu passado, mas com um presente de arrogância e intolerância que não combinava com a instituição nem com a torcida. Nesse caso, o fato de ter sido rebaixado não é nada - comparou.
(Foto: André Durão / GLOBOESPORTE.COM)
Fátima Bernardes lamenta não poder frequentar os estádios. A vida corrida dificulta maior fidelização ao time. No entanto, um dos maiores sonhos dela é ver um título num dia em que esteja presente no Maracanã.
- Nunca vi o Vasco ser campeão no Maracanã. Vai custar, né, amigo? Agora vou ter que esperar até 2014, porque o Maracanã está fechado. Não é nem pela atual fase. Eu já estava querendo ver (esse título) em qualquer lugar. Podia ser lá na Rua Bariri, que estava bom. Não está rolando, mas eu sou otimista - brincou.
Rivalidade com o marido William Bonner
A jornalista conta como é assistir aos jogos ao lado do marido William Bonner. Apesar de ambos se respeitarem, existe uma certa rivalidade, principalmente quando Vasco e São Paulo se enfrentam.
- Cada um torce ferrenhamente para o seu time, só que o William fica mais quieto. Já eu torço mais para fora. Aliás, quando ele tenta se manifestar, eu digo que está secando. No fim levamos tudo na brincadeira. Um respeita o outro. Quando o Vasco não joga, torço para o São Paulo ganhar. Mas quando esses dois times se enfrentam, nada de ficar em cima do muro. Quero que o meu sempre vença - disse.
Preocupada com o desempenho ruim do Gigante da Colina nos últimos dez anos, Fátima Bernardes reconhece que está perdendo terreno em casa. Se antes os três filhos dela eram cruz-maltinos, agora pensam em debandar para o Tricolor paulista.
- Nunca vi o Vasco ser campeão no Maracanã. Vai custar, né, amigo? Agora vou ter que esperar até 2014, porque o Maracanã está fechado. Não é nem pela atual fase. Eu já estava querendo ver (esse título) em qualquer lugar. Podia ser lá na Rua Bariri, que estava bom. Não está rolando, mas eu sou otimista - brincou.
Rivalidade com o marido William Bonner
A jornalista conta como é assistir aos jogos ao lado do marido William Bonner. Apesar de ambos se respeitarem, existe uma certa rivalidade, principalmente quando Vasco e São Paulo se enfrentam.
- Cada um torce ferrenhamente para o seu time, só que o William fica mais quieto. Já eu torço mais para fora. Aliás, quando ele tenta se manifestar, eu digo que está secando. No fim levamos tudo na brincadeira. Um respeita o outro. Quando o Vasco não joga, torço para o São Paulo ganhar. Mas quando esses dois times se enfrentam, nada de ficar em cima do muro. Quero que o meu sempre vença - disse.
Preocupada com o desempenho ruim do Gigante da Colina nos últimos dez anos, Fátima Bernardes reconhece que está perdendo terreno em casa. Se antes os três filhos dela eram cruz-maltinos, agora pensam em debandar para o Tricolor paulista.
- Eu estou triste porque as três crianças eram vascaínas, mas parece que o Vinícius não está resistindo à pressão. Estou firme e forte, só que é difícil. Agora ele diz que é são-paulino. Acho que não aguentou essa fase. Os meus filhos nasceram num ano muito legal, em 1997, quando o Vasco foi campeão brasileiro. Na época, até ganharam uma camisa autografada do Juninho Pernambucano.
Por outro lado, a apresentadora do "Jornal Nacional" tenta separar o passado de glórias da história recente vascaína. Motivos não faltam para ela crer que o clube está preto da redenção, a começar por uma das músicas preferidas dos torcedores.
- O fato de o Vasco ser marcado como o time da virada é um conforto para um torcedor que começa a ver um jogo e a equipe dele sai perdendo. Eu sempre tive esse estímulo para acreditar na vitória.
Jornalista se preocupa com a escassez de ídolos em São Januário
Por outro lado, a apresentadora do "Jornal Nacional" tenta separar o passado de glórias da história recente vascaína. Motivos não faltam para ela crer que o clube está preto da redenção, a começar por uma das músicas preferidas dos torcedores.
- O fato de o Vasco ser marcado como o time da virada é um conforto para um torcedor que começa a ver um jogo e a equipe dele sai perdendo. Eu sempre tive esse estímulo para acreditar na vitória.
Jornalista se preocupa com a escassez de ídolos em São Januário
No entanto, Fátima lembra que o Vasco precisa se revigorar e, para isso, formar expoentes. Na opinião dela, não basta atrair craques. É necessário encontrar jogadores com a cara da instituição e da torcida. Tem que ter um ídolo de novo. Não podemos abrir mão de um homem de referência no Vasco. O último que tinha identidade com o clube foi o Juninho Pernambucano"
- Tem que ter um ídolo de novo. Não podemos abrir mão de um homem de referência no Vasco. O último que tinha identidade com o clube foi o Juninho Pernambucano. Nós tivemos grandes nomes, como o Romário, mas que passaram por muitos clubes. Isso dificulta para um garoto, por exemplo, formar opinião. Às vezes, uma criança gosta mais de um determinado jogador que ainda não tem uma ligação forte com o clube - ponderou. A paixão da apresentadora pelo Vasco é tão grande que contagiou a sua irmã mais nova. Ela conseguiu mudar o time da caçula da família na base da persuasão.
- Tinha uma irmã que era botafoguense por causa da minha mãe. Mas a gente sentiu que ela queria trocar de time. Então, eu disse para ela que naquela idade era comum mudar de clube. E aí ela passou a ser vascaína - recordou.
O jogo inesquecívelO dia 4 de maio de 1980 ficou marcado na memória de Fátima Bernardes e da grande maioria dos vascaínos. Foi quando um dos maiores ídolos do Vasco, o atacante Roberto Dinamite, retornoudo Barcelona após três meses longe da Colina. Ele foi o destaque do clássico Vasco x Corinthians, no Maracanã, pelo Brasileirão. Balançou a rede cinco vezes nas seis oportunidades que teve e garantiu o goleada por 5 a 2, numa rodada dupla que antes teve Flamengo 3 x 0 Bangu. Os torcedores do rival que ficaram na arquibancada para secar o Vasco acabaram assistindo a um show de Dinamite.
Aos 11 minutos do primeiro tempo, o volante Caçapava fez 1 a 0 para o Timão, com uma bomba de fora da área. Mas a alegria durou pouco. Dois minutos depois, o artilheiro da noite roubou a bola de Basílio e bateu forte. 1 a 1. Ainda na etapa inicial, Roberto deixou sua marca mais três vezes. O segundo tento saiu em um chute certeiro da entrada da área. No terceiro, ele recebeu um lançamento de Guina e bateu no canto. No quarto, completou uma bola dentro da pequena área, na cara do goleiro Jairo. Com o placar de 4 a 1, Sócrates diminuiu de pênalti para os paulistas. Na volta do intervalo, Dinamite fez o quinto gol daquela tarde inesquecível.
Postado por Rubem Tadeu - Presidente da AFAMA
Manaus-AM, 10 de março de 2011
Postado por Rubem Tadeu - Presidente da AFAMA
Manaus-AM, 10 de março de 2011
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