sexta-feira, 19 de março de 2010

PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA 2 SERÁ MAIOR E PODE INCLUIR BANCO DO BRASIL.


SEGUNDA FASE TEM CON'DIÇÕES DE SUPERAR RESULTADOS OBTIDOS PELA PRIMEIRA

No que depender das expectativas de representantes do setor imobiliário, a segunda etapa do programa Minha Casa, Minha Vida, prevista para ser lançada ainda este mês pelo governo federal, tem condições de superar com folga os resultados obtidos na primeira fase.
Prestes a completar um ano do lançamento, o programa deve resultar na entrega de cerca de 300 mil unidades prontas até dezembro de 2010, conforme dados da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).
Até 1º de março, foram contratadas 330.191 moradias no programa, volume inferior à meta da Caixa Econômica Federal de 400 mil unidades em 2009. Os projetos apresentados à instituição foram bem mais elevados, representando 725.269 unidades.
O desempenho do programa atual, porém, não levou a uma revisão do prazo final estabelecido pelo governo em 25 de março do ano passado: contratar 1 milhão de moradias até o final de 2010.
A adoção de um único banco como agente financiador - a Caixa - é apontada como um fator a ser revisto na segunda etapa do programa, que pode incluir o Banco do Brasil, segundo o presidente do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), Sergio Watanabe.
- O BB já começou a se mobilizar para aperfeiçoar sua estrutura em crédito imobiliário. A entrada de outros agentes no programa agilizaria as contratações e evitaria atrasos.
O presidente do Secovi-SP, sindicato que representa o setor de habitação em São Paulo, João Crestana, acredita que a meta de 400 mil unidades contratadas em 2009 era, na realidade, um desafio interno.
- A Caixa não é o mecanismo mais ágil em termos de contratação. Mas, apesar da burocracia, está fazendo sua parte.
A CBIC acredita que o Minha Casa, Minha Vida 2 deve ser lançado em 29 de março, juntamente com a segunda etapa do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento).
O presidente da CBIC, Paulo Safady Simão, espera que a nova etapa inclua 3 milhões de residencias e subsídios governamentais de R$ 48 bilhões a R$ 72 bilhões. A primeira edição do Minha Casa, Minha Vida previa R$ 34 bilhões em empréstimos e subsídios para 1 milhão de residências.
Para suprir a carência de 5,6 milhões de moradias no país, com base em dados de 2008, seriam necessários, em média, 15 anos e cerca de R$ 400 bilhões, segundo estimativa do Secovi-SP.



Rubem Tadeu - Presidente da FAMA

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