Um estudo a ser publicado na revista “Remote Sensing of Environment” estima que, em um ano, a cheia do principal rio da Bacia Amazônica equivale a 285 quilômetros cúbicos ou 285 trilhões de litros. A quantidade é suficiente para encher 114 milhões de piscinas olímpicas.
Apesar de parecer um número enorme, o resultado surpreendeu os pesquisadores, que o consideraram pequeno, já que equivale a apenas 5% do total da vazão do rio – ou seja, a água que inunda as extensas várzeas amazônicas a cada ano corresponde apenas à vigésima parte do total que corre em seu leito.
Até o momento, o volume de água das cheias do Amazonas, assim como de outros rios pelo mundo, era pouco conhecido e baseado em alguns poucos estudos de campo. Para chegar ao número mencionado, Doug Alsdorf, professor da Ohio State University, nos EUA, e co-autores, usaram informações de quatro satélites - três da agência espacial americana Nasa, e um da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão.
Com esses dados em mãos, calcularam qual é a diferença de altura do Rio Amazonas nas épocas de cheia e de vazante. O estudo deve contribuir para que os cientistas possam, futuramente, calcular quanta água há no planeta. A Nasa tem programado para 2020 o lançamento de um satélite voltado especificamente ao registro da superfície aquática e do relevo submarino do planeta.
Rubem Tadeu - Presidente da AFAMA
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